
Quem gosta de se aventurar como mochileiro ou procura economizar nas viagens já deve ter ouvido falar sobre os hostels. São hospedagens mais baratas, em que você divide o quarto com outros hóspedes. Além disso, o atendimento geralmente é mais informal e você pode conhecer pessoas do mundo inteiro.
Aqui no Brasil os hostels são mais conhecidos como “albergues da juventude”, mas tem gente que prefere o termo hostel para não confundir com os albergues assistenciais para moradores de rua. A rede mais conhecida é a Hostelling International, que possui cerca de 3500 unidades em 90 países.
A história do movimento alberguista começou em 1909, quando o professor Richard Schirmann resolveu aproveitar uma escola para abrigar estudantes, que estavam realizando uma viagem de estudos, durante uma noite de tempestade. No mesmo ano, ele inaugurou na cidade de Altena, no sul da Alemanha, o primeiro Albergue da Juventude, que funciona até hoje. Isso abriu caminho para a expansão do movimento pela Europa no final da década de 1920.
Eu resolvi testar a experiência em hostels quando viajei para os Estados Unidos no ano passado. Na época, fiz a associação junto com a reserva da estadia no site da Hostelling International. Com o e-Membership você recebe um número de inscrição apenas para ser apresentado no check-in. Você pode imprimir um PDF com o número da Associação ou até levar no smartphone.



Já na hora de reservar, a economia: o que gastei em hospedagem em 14 dias em Nova York e Santa Monica sequer dava para uma semana na Big Apple. E logo ao chegar você já tem contato com gente do mundo inteiro. Turistas chineses, alemães, dinamarqueses, suecos, argentinos e, claro, brasileiros.
Muitos dos hostels possuem áreas comuns, como pátios, salão de jogos e salas de TV para o pessoal interagir e fazer novas amizades, além de cozinha aberta aos visitantes e Wi-Fi de graça. E algumas unidades ainda organizam confraternizações e eventos – de churrascos à shows com artistas de stand-up comedy locais -, além de passeios pela cidade. Você pode deixar os seus pertences guardados em um armário – leve seu cadeado, de preferência.



É claro que muitas coisas variam de um hostel para outro, inclusive dentro da rede da HI. Na dúvida, pesquise e leia as avaliações na internet. É claro que você pode dar o azar de dividir o quarto com um alguém que chega fazendo barulho durante a madrugada ou outro que não gosta de tomar banho ou usar desodorante.
Se você não é daqueles que precisa de muita privacidade – afinal das contas você só deve parar no quarto para dormir -, está viajando sozinho e quer conhecer pessoas de outros países, é uma opção a ser levada em conta.