
Há pouco mais de um ano, durante uma aula do programa de pós-graduação da Faculdade Cásper Líbero, fiquei sabendo da existência do Creative Commons. O movimento, que se espalha por mais de 40 países – inclusive aqui no Brasil -, propõe um novo modelo de direitos autorais em paralelo com o copyright. Defendido por pensadores e ativistas digitais, promove o espírito de colaboração e distribuição de cultura e conhecimento.
O dinossauro copyright não permite o acesso universal para pesquisa, educação e cultura possíveis na Internet. Objetivo principal, aliás, do projeto Wikipedia. Em tese, você não pode usar uma obra sem a autorização do autor. É como você precisar de um texto para a aula da faculdade e não poder fazer uma cópia por causa dos direitos autorais. Ou você compra o livro, ou vai ter que dar um jeito de ler emprestado de um amigo ou da biblioteca. E ainda tem o problema quando quer remixar músicas, fazer uma montagem fotográfica…
Muitas vezes, o autor quer que as informações que ele produz seja disseminada pela Internet ou pelo mundo real. Ou alguém, em alguma parte do mundo, necessita de uma fotografia, ou de um arranjo musical para uma nova obra. Para alcançar essa visão de acesso e colaboração universal, alguém precisa promover uma infraestrutura gratuita, pública e padronizada. E a resposta é o Creative Commons.
Isso não quer dizer a pessoa abandone os direitos que possui da obra. Todas as licenças – você pode controlar o quanto é livre ou restrita – garantem a atribuição do autor. Os documentos da licença estão disponíveis em formatos leigos e jurídico. Por exemplo: você pode querer que uma foto seja usada em qualquer lugar, desde que dê créditos a você e que não use para fins comerciais. De “todos os direitos reservados” você possui o controle para que haja “alguns direitos reservados”. E, importante dizer isso: sem intermediários.
Isso é ótimo para trabalhos em que se priorize a comunidade, a divulgação de trabalhos coletivos, construção de portifolios e criações colaborativas. Gostei da iniciativa e passei a aplicá-la em alguns dos meus trabalhos. O boletim informativo da Associação Japonesa de Santos foi o primeiro deles. Para facilitar a divulgação e retransmissão das informações publicadas pela entidade, ou seja, disseminar e preservar a cultura japonesa na Baixada Santista, o uso do Creative Commons caiu como uma luva. E, a propósito, meu blog também está em CC.
Ainda com dúvidas? Acesse o site do projeto Creative Commons em português. Na versão em inglês, ainda há vários estudos de caso e outras informações bacanas.
Abrace esta ideia!
Uma resposta para “Creative Commons e o poder do compartilhamento”
Impressão minha ou vc fez Casper?? HAUHAHAHA… Me formei pelo Mackenzie, em 2008! OLHA AÍ!
Deixando o papo de lado…Sobre o post…
Conheço o Criative Commons desde meus tempos de início de blog, lá pra 2001… Sempre procurei entender mais sobre o projeto, mas creio que muita gente ainda desconhece! Parabéns pelo post!
Bjão!